“Eu não sabia que dançar era por dentro
Eu não sabia que dançar era até o fim.
A vida, meu amor, é sem intervalo”
Filipa Leal
Quantas vezes ouvimos a pergunta “por que isso aconteceu comigo?”, feita diante de um infortúnio?
Muitas vezes, não nos damos conta das conseqüências, mais ou menos previsíveis, de nossas escolhas anteriores. Mas, mesmo os mais avisados ou controladores, que acreditam viver a vida de forma precavida e “virtuosa”, nem assim eles têm a garantia e a segurança de um percurso retilíneo e lógico na vida.
A toda hora somos atravessados pela surpresa, o acaso e o inesperado. Às vezes, de modo contundente. Diante disso, precisamos aprender a dançar... a fazer do tropeço, um novo compasso; do tombo, uma cambalhota.
Não dominamos o curso da vida. Mas, diante dela, e de tudo aquilo que ela nos traz; previsível ou não, teremos que escolher caminhos, suportando riscos e conseqüências, e assumir a responsabilidade por isso.
O difícil e o mágico da vida estão na possibilidade de integrar o que dela nos surpreende e, assim, irmos virando outros de nós mesmos.
Schopenhauer já nos avisara: o destino baralha as cartas, e nós jogamos.
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