Fim de caso, fim de festa. Fim do amor?
Palavras que, se tentaram dizer do amor que existiu, não traduziram-no. Palavras vazias? Palavras mal-ditas? Palavras-vãos?
Palavra “que sai cantada e que vira exótica”... Esse é o inferno de toda palavra: ela carrega o mal-entendido.
Aquilo que dizemos viaja nos braços do nosso enredo, nossa história, nossos afetos e referências, mas aterrissa no solo dos códigos do outro, próprios somente a ele, construídos pela sua travessia... Entre um e outro, o abismo – a distância impossível. A gente que se vire pra dar um jeito de chegar...
Sempre cabe pensar onde foi que o amor se perdeu, sem conseguir ultrapassar a barreira das impossibilidades de encaixe, de encontro, de dizer de si.
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