Aí está a oferta da Psicanálise. Primeiro saber quem “sou eu”... pra depois descobrir que nunca saberei inteiramente; e que é preciso suportar isso, mesmo não sendo nada fácil... E ir além, ainda assim se encarar.
Será preciso percorrer nossos labirintos para nos defrontarmos com o que há de mais singular em nós. Algo que nasce nos arredores do doloroso nó que nos funda, a partir do qual vamos reconhecendo o enredo, em que, inseridos ao nascer, começamos a nos perceber pelo nome que ganhamos e tudo mais que se projeta sobre ele.
A negociação com o mundo começa muito cedo, desde que pressentimos que há uma expectativa sobre nós, e de alguma maneira respondemos a ela, na ânsia do amor.
O impasse da vida vai se delineando: como ser, ao mesmo tempo, operário do nosso desejo, da nossa singularidade e objeto do amor do Outro? Esse é o nosso “problema”, e diante dele, nenhuma opinião nos serve.
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