Porque é impossível de dizer eu insisto. E você também.
Seguimos então tropeçando nas letras.
Quem sabe a hipérbole invente a ênfase que não somos capazes de dizer...
Metaforizemos. As sutilezas talvez penetrem os poros um do outro... Não?
Se soletrarmos sílaba por sílaba, será que nos entenderíamos?
Falemos manso, devagar, implorando um sentido que nos faça ouvir
Nada. Dialetos.
Peço ajuda ao poeta e ele me responde:
"...Há palavras e noturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis à boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos conosco cordas de violinos..."
(Mário Cesariny)
É sempre assim, onde a palavra machuca; a arte sutura.
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