No sintoma, mendigamos a representação de algo que não podemos realizar pelo mal-estar que nos causa e; ao mesmo tempo, não conseguimos esquecer pela importância que tem. Ele surge então como uma solução mal-ajambrada que, mesmo assim, não conseguimos abrir mão.
Como se não bastasse, o sintoma parece ganhar vida própria, e fugindo ao nosso controle, torna-se autônomo e repetitivo. Gozamos nele, mas é ele que ri de nós enquanto brinca de “cama de gato” – arranjos aparentemente sem fim, que nos enrolam no barbante – num eterno outra vez.
O que a psicanálise nos propõe é, na sutileza da linguagem, ressignificar esse “outra vez” buscando por algo “de novo”.
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